Blog Andando por Aí

A geada é a noiva do Inverno

Geada na Estância Tio Tonho em 15 de maio de 2020 - São José dos Ausentes - RS

A geada é um fenômeno meteorológico que se manifesta aqui no sul do Brasil no outono, inverno e até na primavera, em alguns locais mais altos. Para haver geada pela manhã, é necessário a convergência de alguns fatores ambientais para que o gelo se forme e se mantenha até a chegada do sol. Um destes fatores é a existência de uma noite de céu limpo, sem nuvens, o que permite uma retirada mais intensa e rápida do calor da terra por irradiação, baixando bem a temperatura ao nível do solo; outro fator é a ausência de vento, o que me faz lembrar do meu tempo de criança quando corria pelos gramados grossos de geada sem uma brisa sequer, aumentando o impacto que causava o silêncio naquelas ocasiões; por fim, junte-se a isso uma forte deposição de orvalho durante a madrugada, quando a temperatura atinge seu ponto de congelamento, e temos então a “mágica” do amanhecer com aquele manto branco que tudo recobre e decora.

Sem geada, parece que o inverno não tem a mesma graça, já que as bergamotas não ficam tão doces, o manjericão da minha horta não queima todo, o gramado fica com aquela cor indefinida de fim de verão e início de primavera, e os jardins não demonstram quais são as plantas ornamentais que são suscetíveis ao gelo e aquelas que resistem a ele. Com geada tudo fica mais definido, mais frio e mais sul. Caminhar na geada é um prazer que aumenta e surpreende a cada passo dado e a cada estalo de gelo quebrando sob as botas. O som que se eleva do solo quando esmago o gelo é semelhante ao de um cavalo triturando milho, no abrigo do galpão, dentro de sua baia. É um som de algo sendo triturado, esmagado e pisado, mas com um toque refinado e sutil de pequenos pedaços de vidro quebrando.

Geada é bom para o ambiente, mas ruim para muitas pessoas que dependem de sair cedo para a lida, já que tudo congela e torna as tarefas manuais um verdadeiro suplício. Mas ela é bela, é a noiva do inverno, com seu imenso vestido branco vem desfilando pelos campos e jardins anunciando o casamento que em breve se efetuará e perpetuará o frio por meses. Seus filhos, deste enlace, serão a primavera e o verão, um casal de crianças muito aguardado e querido por todos, quando já cansados do frio, o sol volta com força trazendo energia para a renovação. Salve a geada, noiva do inverno e mãe da primavera e do verão.

Esqueletos de uma seca

Nestes tempos de seca severa que estamos enfrentando estive, junto com amigos, navegando pelo lago da Barragem do Salto e fiquei espantado como recuo da água do reservatório. Na última medição que meu amigo Gerson Arsand fez estava 2,75 metros abaixo do nível do vertedouro e, apesar de não ser um recorde, deixa todos muito preocupados com a situação. Seguimos até o final do reservatório e encontramos um cenário desolador formado por um grande banco de areia depositada ali em camadas de forma lenta e progressiva pelas águas que vem de montante. Caminhando pela areia conseguir ver conchas de caramujos, fezes e pegadas de capivaras, rastros recentes de graxaim, gambá, gado, cavalos, pequenos roedores, saracura e outros não identificados que vem até a margem atrás da preciosa água durante a noite ou mesmo na luz do dia. Ali estão as histórias daquele trecho do Santa Cruz, importante rio que nasce em São Francisco de Paula e abastece Canela, Gramado e, algumas vezes, Nova Petrópolis.

Mais um pouco andando pelo areal e vejo esqueletos de muitas árvores que antes da construção da represa, ali estavam vivas e enraizadas no campo que formava a margem do rio. Com o enchimento do reservatório, sucumbiram e hoje restam seus troncos erodidos pela água, insetos e fungos aquáticos que, no final, criaram verdadeiras obras de arte aleatória, com seus sulcos, dobras, pontas e torções naturais dos troncos formando belas, impressionantes e intrigantes abstrações. Eles ali ficarão até as chuvas encherem novamente o reservatório e os conservarem por dezenas de anos ainda, ao contrário de outras árvores fora da água, que sob o ataque mais severo e impiedoso de insetos, pica-paus e fungos, se decompões com muito mais velocidade. A água preserva a madeira, retardando sua decomposição, mantendo um esqueleto sem casca e sem folhas parecendo que, indignados com o alagamento, resistem assim por décadas como se ainda tivessem uma vida latente que poderia ser reativada.  Na verdade, para mim, elas continuam “vivas” na sua arte de resistirem ao tempo, mostrando-me que, mesmo mortas, ainda possuem uma altivez e uma soberba típica de quem desafia o tempo. Enquanto escrevo esta crônica, vejo com alegria a chuva cantando no telhado e sonorizando a calha com seus inconfundíveis sons abafados de lata sendo golpeada por algo mole e constante. É o som da chuva aqui em casa. Os esqueletos da seca devem agora estar todos encharcados, prevendo novo período de submersão. E segue a vida.

Chamando chuva

Um belo dia de chuva na Estância Tio Tonho

Nestes tempos de seca, sonhei com um dia de chuva. A água cai com força, enxergo pressa nas gotas em chegar ao solo, algumas diretas do céu espatifando-se no gramado e outras escorregando por folhas e galhos das árvores driblando obstáculos vivos e cascas mortas. Parece que atendem um chamado da terra ecoado pela sede do torrão seco. Indignadas pela perda do precioso líquido, as nuvens esbravejam e riscam o céu com raios, relâmpagos e ensurdecem com trovoadas graves, como a dizer: “mando a água agora, mas a quero de volta depois”. Assim, num lento e invisível ciclo, esta mesma água que agora cai, logo voltará a estufá-las quando se operar a magia da evaporação impulsionada pelo calor do sol.

As gotas de chuva trazem fertilizantes da atmosfera e adubam os campos, lavouras e matas, limpam as folhas das árvores da poeira acumulada e trazem de volta ao solo as partículas que o vento arrancou da terra seca. Tudo que sobe, desce. De passagem, a água da chuva encharca velhos troncos e galhos que, com o peso extra, quebram e despencam limpando a árvore de seus braços mortos que, agora no solo, nutrirão fungos e um exército de famintos insetos e micro-organismos comedores de madeira. Na cidade a chuva é como uma vassoura viscosa e amorfa que se molda às entranhas das calçadas e ruas arrastando poeira, folhas, papel e lixo, elementos estranhos que serão carregados e depositados em algum lugar distante.

Tudo se cala durante a chuva, todos viram espectadores do fenômeno que, não fosse pelo seu mau humor de algumas vezes em que se transforma em tragédia, se constituiria num espetáculo sempre novo, diferente dos anteriores pelo horário, intensidade e temperatura. É como se a natureza parasse para reverenciar a água que desce das nuvens e vem hidratar a vida no solo.

Passada a chuva, surgem os sons naturais do lugar. Sabiá, saíra, tico-tico, gralha-azul, trinca-ferro, corruíra e até um casal de curicas se põe a cantar e buscar alimento. O som da água aumentada de súbito nos arroios se debate com pressa nas margens e rochas do leito escrevendo uma música suave e contínua.

Olhando para o céu agora vejo as nuvens mais ralas, livres da sua carga e indignadas, se desfazendo em fiapos permitindo ver o azul forte do céu com o sol forçando passagem e trazendo sua luz quente que, com sua força invisível, começa a puxar de volta a água derramada em invisíveis ondas ascendentes de vapor. Assim vai se completando o ciclo da água e garantindo a vida na sua plenitude. Na próxima chuva, pare tudo o que estiver fazendo e observe o espetáculo da chegada da água, o silêncio da fauna, o protesto barulhento e luminoso das nuvens perdendo sua carga líquida e fique certo de que tudo o que desce, de alguma forma ou outra, acaba subindo em algum momento posterior. É o ciclo natural das coisas, é o espetáculo de um dia de chuva.

Revirando arquivos de viagens

Uma janela para o deserto

Espiar o deserto através da janela de uma tapera, construída há muito com blocos de barro e pedra, tem um sabor todo especial. Os grandes cactos que se exibem no vale a frente, parecem sentinelas da Cordilheira dos Andes ao fundo, muito distante, encantadora e ameaçadora que forma uma verdadeira muralha de rochas separando a Argentina, do lado de cá e o Chile, do lado de lá.

 

O sol que torra também ilumina

Num trecho da viagem entre Salta e Passo Jama, na fronteira da Argentina com o Chile, vi esta casa de moradores nativos que são criadores de cabras. Os potreiros cercados de pedras e as casas de barro mostram a dureza da vida por aqui. Alheios a tudo isso e acostumado ao rigor, uma placa solar foi instalada na casinha para garantir luz e algum conforto a estes rudes homens e mulheres que vivem no deserto dependendo de suas cabras para subsistência. É a tecnologia e o primitivismo convivendo lado a lado, sem nenhum problema.

 

Cachorro parceiro ouvindo Vivaldi

Na praça central de São Pedro do Atacama flagrei este músico solitário interpretando em seu violino, uma música de Vivaldi – O verão, da clássica obra composta em 1723 - As quatro estações. Seu cachorro, muito parceiro, acompanhava meio sonolento mais o movimento de pessoas do que o arco do violino. O som que dali saia me fez parar e sugar aquela música e tentei misturar Vivaldi com o deserto em volta e senti que a música é mesmo universal e não conhece fronteiras. Os acordes se harmonizavam com a hora, a luz e o silêncio da praça e ali mais longe, o deserto certamente estava curtindo aquela belíssima música.

 

Cores no monocromático Atacama

Na pequena cidade de São Pedro do Atacama, um verdadeiro oásis no coração do deserto mais seco do mundo – o Atacama, desfilam línguas, cores, hábitos e interesses dos quatro quadrantes do planeta. É uma verdadeira babel que se imiscui pelas ruelas, lojas e restaurantes da pequena cidade. Quase todas as casas são da cor da terra, parecendo que querem se camuflar, mas alguns tem a arte no sangue e conseguem quebrar a monocromia com uma simples adição de um contraste, mesmo que seja apenas nas aberturas. O efeito é fantástico.

 

Aproveitando o melhor do deserto

O norte do Chile é um deserto dos mais inóspitos que existem e andamos nele por muitas horas sem ver absolutamente nenhuma sombra de vida, seja vegetal ou animal. Um lugar lúgubre, seco, áspero e letal. Ficar perdido aqui é um atestado de morte certa, a menos que se tenha recursos para enfrentar dias e dias de isolamento. Mas mesmo neste lugar estéril é possível extrair algo positivo e isso é feito com o aproveitamento do vento seco que sopra direto do Oceano Pacífico para geração de energia elétrica. Como o sol é outro fator constante por aqui, mais adiante num grande vale, encontramos uma gigantesca usina de energia solar, com aquele mar de placas coletoras orientadas para o norte. Na verdade, não há lugar ruim se soubermos aproveitar o que dele emana, mesmo que seja somente vento e sol.

O Topo do Rio Grande em tempos de Pandemia

Cânion Monte Negro visto do topo do Rio Grande - o pico do Monte Negro

Estive me refugiando por muitos dias na região do Topo do Rio Grande, em São José dos Ausentes, no início desta pandemia. Lá andei por muitos lugares, já que não havia restrição como em uma região urbana, e assim pude ver um lugar que me encantou sobremaneira, principalmente por que ali eu era o único humano em um raio de muitos quilômetros. Acostumei-me a ver a imagem do Cânion Monte Negro, que reproduzo aqui, com muitos visitantes que chegam até a borda através daquela linha mais clara que corta a paisagem, que é a trilha que traz as pessoas do estacionamento até o local. Também é muito comum neste horário da manhã ver turistas que vem em grupos a cavalo, oriundos das pousadas próximas, como a Monte Negro, Estância Tio Tonho e Aparados da Serra.  Fiz a foto num final de semana e a ausência de pessoas com seus barulhos e roupas coloridas e o movimento de entrada e saída pela trilha, ou de pessoas circulando pelo campo e bordas do cânion para uma melhor visão e enquadramento das fotos, fez com que eu refletisse sobre o momento que atravessamos.

A ausência de pessoas transforma o ambiente, faz com que ele retroceda no tempo e se pareça mais com a natureza original, mais com a essência do lugar, remete-o a uma condição primitiva me permitindo imaginar e reconstruir o ecossistema antes do homem europeu, um exercício que gosto muito de praticar nestes lugares ermos que vou. Nestes momentos é que percebo com mais clareza o impacto que imprimimos na natureza e o quanto a modificamos para o nosso usufruto.

Revirando arquivos

Rota 40, uma estrada icônica

De volta a Canela, depois de um refúgio de dez dias pelas bordas do cânion Monte Negro sigo, como todos, no aguardo de uma melhora no quadro desta concentração doméstica a que estamos submetidos. Através dos meus arquivos resolvi rever algumas viagens que empreendi pela América do Sul e escolhi a última gira que fiz em direção ao Deserto do Atacama, no Chile. Na ida, junto com meu primo argentino Mário Cáceres, andamos por um trecho longo da Ruta 40, uma estrada que liga a Argentina de norte a sul, costeando sempre a cordilheira dos Andes. Ali vi coisas que jamais imaginei existirem, apesar de saber de alguns detalhes por leituras e fotos.

 

Isolamento e sobrevivência

Numa localidade chamada Los Canares, no vale do rio Calchaquíes, em Salta – norte argentino, encontramos uma família de nativos vivendo neste deserto monocromático e austero. Paramos para uma prosa e, assim que descemos do carro, a mulher correu para dentro do rancho, assustada. Falamos um pouco com o homem e aproveitei para uma recorrida no ambiente. Percebi o quanto é dura a vida no deserto, onde cada graveto de vegetação vira a preciosa lenha que aquece a comida e prepara o pão.

 

Adaptações ao que se tem

Forno de barro, fogão improvisado na rua, já que a chuva é rara, e os objetos de apoio são, na sua maioria, feitos de madeira, pedra ou barro. Vida dura, simples, de sobrevivência. O pouco que permite manter a vida é o suficiente. Não há desperdício, luxo ou supérfluo. Há um ajuste apertado entre o necessário e o disponível.  

 

Sobrevivência

Perguntamos o que cozinhavam naquele fogão improvisado ali no chão e ele nos respondeu que era um cabeça de ovelha fervida e que seria o almoço da família, uma iguaria para o lugar. Fiquei pensando que quando estivemos em um restaurante na Patagônia, mais ao sul, apreciamos muito os assados de cordeiro, todos expostos em vitrines sendo preparados inteiros, abertos e sem cabeça. Corpo para uns, cabeça para outros. Nada se perde, tudo se aproveita.

 

Vida no deserto

Saindo do pequeno rancho e seguindo para o norte pela mesmo Ruta 40, descortinou-se o rio Calchaquíes, que dá nome ao vale da região. Este nome é derivado do líder de um dos grupos nativos que habitavam a região, e que significa “muito bravo, muito valente”. Alheio a origem do nome, fiquei contemplando o espetáculo dos meandros que se abriam nas areias e seixos do leito, mostrando o espetáculo de vida que medra nas proximidades do curso de água. O verde aparece, a vida se mantém e mostra que na natureza não existe lugar impróprio, mas sim organismos que se adaptam ao que o ambiente oferece, assim como me mostrou aquela família vivendo na espera de uma cabeça de ovelha sendo fervida.

Na quarentena

Azul lá, azul cá.

Nesta quarentena que faço, e que optei por ser longe de um centro urbano, consigo andar diariamente pelo campo para conhecer novas quebradas ou rever outras que aprecio sobremaneira. Sempre passo por este açude e vejo um espelho de água que reflete, ora o céu azul, ora um céu chumbado e carregado de nuvens escuras. Hoje fiz um caminho diferente e percorri a margem norte, sendo favorecido pelo sol da manhã às minhas costas que criou este cenário de reflexo, parecendo que o açude, com ciúmes do azul intenso do céu, resolveu imitá-lo. As araucárias ao fundo, indiferentes, apenas apreciam a composição e eu sigo pensando em como a natureza é uma poderosa inspiradora, afastando de mim os maus fluidos que circulam pelo planeta nestes dias.

 

Macela amarela

Ao caminhar pelo campo, cedo nas manhãs, fico impressionado com a quantidade de macela já em plena floração, maduras mesmo e no ponto de serem colhidas. Aprecio o espetáculo dos buquês amarelos em meio ao capim caninha, pintando aqui e acolá a identificação da estação – o outono e a proximidade da Páscoa. Colho um pequeno maço de flores que me garantirão o chá do dia, misturado a água do chimarrão, e aprecio o resto que produzirá sementes para o ano que vem. Bom ver esta erva nativa preciosa, tão cultuada na tradição da medicina campeira, com o vigor com que se mostra neste início de outono.  

 

Os reis do cânion

O urubu-de-cabeça-preta é o rei incontestável dos ares e dos penhascos aqui dos cânions. De aspecto pouco simpático, seja pelo seu hábito de comer carniça ou pelo manto negro que o cobre, parecendo de mau agouro, esta ave é de fundamental importância para o ecossistema dos campos daqui. Sempre atentos a qualquer cadáver, chegam em bando para o banquete que, depois de alguns dias socializando a carniça com os caranchos, graxains e até os javalis, resta apenas um amontoado de ossos. Assim o campo fica limpo, diminuindo a possibilidade de contaminação. Encontrei dois destes reis do cânion numa borda do Monte Negro e, com muito vagar e paciência, consegui uma boa aproximação para o registro fotográfico, num lugar em que só havia eles, algumas seriemas e eu, na imensidão do campo em época de quarentena humana.

 

Safra discreta

Época de cogumelos, de fartura e de grandes pratos à base desta iguaria que, uma vez por ano – e sempre no outono, aparecem para que se perpetue a espécie com os novos esporos guardados e agora liberado de suas lamelas. A produção ainda é bem discreta, fruto da grande seca que atravessamos, e só consegui encher o meu chapéu com um porcini e vários lactários – estes últimos de cor laranja. Rendeu um bom refogado ao alho e óleo, suficiente para um ótimo tira-gosto que antecedeu o jantar. Iguarias como estas tem um gosto terrunho, único e permitem uma confraternização de muita alegria e satisfação. Salve a temporada que se inicia, e que venham logo as chuvas para aumentar a safra.

 

Imponência na paisagem

Ver o Monte Negro de perto ou de longe, imprime em mim emoções diferentes, dependendo do ângulo ou da transparência da atmosfera no dia da visita. Nesta semana pude apreciar uma destas raras oportunidades oferecidas por aqueles dias calmos, sem vento e com um sol outonal em um céu azul total. Avistado de longe, o Monte Negro parece apenas uma protuberância na paisagem recortada de paredões e cânions aos seus pés. As matas de encosta já começam a se colorir com a floração lilás da quaresmeira-da-serra e amarela do capitão-trepador. Fico por aqui ainda, aguardando o desenrolar dos acontecimentos relacionados ao corona. Saudades de casa, dos meus familiares, dos amigos, da minha cidade, mas confesso que, pelo que tenho visto, aqui parece estar melhor. O preço a pagar é a saudades. Que seja breve para todos nós.

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