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Fortaleza impressionante

Fortaleza impressionante

Um dos cânions mais impressionantes que conheço é o Cânion da Fortaleza dos Aparados da Serra, dentro dos limites do Parque Nacional da Serra Geral, em Cambará do Sul. Por muitos anos levei meus alunos do Turismo e da Biologia a conhecer este parque, deixando sempre em todos a impressão positiva de um monumento natural único, com sua fenda alongada se abrindo para o leste e, devido ao predomínio do Campo de Altitude, permite uma visibilidade do litoral de Santa Catarina não encontrada, por exemplo, no cânion do Itaimbezinho, pouco mais ao sul.

 

Frio que queima

A geada dos últimos dias, fenômeno que se repete anualmente com maior ou menor intensidade, é um fator limitante para o desenvolvimento de algumas plantas e animais. Araucárias, por exemplo, não se ressentem com o frio, geada ou neve e seguem verdes e indiferentes ao fenômeno gelado. Plantas cultivadas e outras não nativas, são queimadas impiedosamente pelas geadas fortes, sendo necessário seu replantio na primavera se quisermos ter seus benefícios. Aqui em casa meus pés de manjericão, até então fortes, folhudos e floridos, foram sapecados sem piedade. É o frio que queima.

 

Terra de contrastes

A ilha da Terra do Fogo, na Patagônia argentina, é uma terra de grandes contrastes, com forte impacto visual e que me provocou uma alucinação de paisagens. De norte para o sul, passou de desertos e estepes semiáridas até montanhas nevadas e cobertas de florestas que descem de dois, três mil metros de altitude até  mergulharem no Oceano Atlântico, junto ao canal de Beagle, na cidade mais austral do mundo: Ushuaia.

 

Coruja no buraco

Uma das raras coruja diurnas encontradas por quase todo o Rio Grande do Sul, é a coruja-buraqueira. Ela, ao contrário de suas parentes, faz seu ninho em buracos no chão que foram abandonados por tatus, cutias ou outros mamíferos. Flagrei uma saindo da sua toca, muito desconfiada e ficou encarando e desafiando o fotógrafo. Seu hábito de regurgitar pelotas contendo ossos, pelos e penas não digeridas de suas presas, torna fácil identificar seu hábito alimentar, resultando em bons estudos que indicam quais animais pequenos vivem pela região de suas tocas.

 

Cipó que cura

Em toda a região das Hortênsias medra uma espécie de cipó pouco conhecido que se gruda em troncos e galhos de árvores com cascas rugosas ou ásperas. É o Cipó-cabeludo, que é encontrado principalmente na casca de araucárias, canelas, camboatás, goiaba-serrana e outras árvores nativas de nossas matas. Muitos pensam se tratar de uma erva parasita, mas na verdade é apenas uma espécie que vive presa em outra, sem causar dano. Tem importância na medicina campeira devido às muitas propriedades curativas para diversos males, como laringite, coqueluche, frieiras, reumatismo e outros.  

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