Blog Andando por Aí

Escapando da pandemia

Estamos atravessando momentos críticos em termos de saúde pública e a prudência manda sermos cautelosos e não menosprezarmos os fatos. Como o mundo está parando e eu me enquadro num grupo de risco pela idade, resolvi, com a anuência dos meus filhos e da minha mulher, fazer uma quarentena num lugar que considero dos mais limpos, arejados, preservados e tranquilos. Saio para me refugiar na natureza, local de onde tudo emerge e perece, de onde tudo vem para minha boca e para onde tudo vai depois de sair do meu corpo. É o elemento natural de todos nós, apenas que nos nossos tempos atuais, por motivos muito óbvios e necessários, tenhamos nos afastado muito e relegado esta raiz a um plano muitas vezes longe de ser minimamente razoável.

Vou quarentenar entre árvores, gramas, bois, quero-queros, amigos e o vento. Sim, o vento, este agente natural de ligação que faz a comunicação entre todos os sistemas vivos e não vivos, trazendo e levando água e vida de um lugar para outro e assim permitindo a ocupação dos espaços pelos organismos deste planeta. Vou ficar sentindo os elementos e talvez receba até mesmo o corona, que anda por aí esperando que lhe ofereçam um corpo quente e debilitado para se propagar. É da vida, é assim que sempre foi e sempre será. Temos a vacina que atenua e protege, mas a natureza tem seus mecanismos de escape e assim é e sempre será.

Vou ficar por um período incerto, mas com a convicção de estar no melhor lugar para atravessar esta crise de saúde. Mandarei notícias sempre que possível e evitarei por todos os meios entrar nas redes sociais para não me neurotizar, até mesmo porque não vai resolver nada. Assim, desejo que isso passe rápido e nossas vidas retornem ao ritmo anterior, não sem antes termos a certeza de que a natureza ainda comanda a vida no planeta, como sempre foi e sempre será. Abraço, galera.

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