Blog Andando por Aí

Pelo Vale do Rio Silveira

 

Novo grupo em formação para os dias 28 e 29 de fevereiro. Informe-se pelo whatsapp

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Geografia incomum

O Desnível dos rios Divisa (esquerda) e Silveira (direita) é um ponto da geografia do Rio Grande do Sul que desafia a lógica. Os dois andam pelo vale na direção que os levará ao encontro com o rio Pelotas, mas no desnível eles quase se tocam, ficando a poucos metros um do outro. O mais curioso é que o rio Divisa corre em um vale com uma diferença de 18 metros mais abaixo, escorado por um paredão de rocha basáltica. Este é o desnível incrível que mostra a geografia local. Logo adiante eles se fundem, pouco antes do Cachoeirão dos Rodrigues e seguem unidos até a foz com o Rio Pelotas, que mais adiante se transforma no rio Uruguai, que bem mais ao sul mistura-se com o Rio da Prata, lá na distante Argentina. Mais adiante tudo se mistura no Oceano Atlântico e um dia, ninguém sabe quando, a evaporação da água do mar vai fazer chover sobre o continente. E tudo recomeça....

 

Travessia refrescante

Para se chegar no mirante que permite a visualização dos dois rios e o seu desnível, é necessário atravessar o Rio Silveira a pé. Por uma trilha curta e tranquila que sai da Pousada Potreirinhos, chega-se ao ponto da travessia, onde tem uma corda que garante segurança e o rumo certo. Água corrente, mas tranquila, fundo seguro formado por um lajeado, altura máxima até os joelhos, chega-se a outra margem com segurança e a satisfação de uma refrescante massagem que a água faz nas pernas e pés. Depois é só subir e apreciar uma das mais espetaculares vistas dos nossos Campos de Altitude.

 

Escalando o Morro Maracajá

Para ampliar o horizonte e desfrutar de um mirante natural com mais de 1.200 metros de altitude, é necessário subir uma trilha pelo lado oeste do Morro Maracajá. Vale o pequeno esforço de se chegar ao topo, porque a vista de lá é de 360 graus de pura natureza. O silêncio, a brisa refrescante e o quadro pintado formando fragmentos de rios, campos, matas e vales, impressiona qualquer um que goste de natureza.

 

Mata, rio e campo

Como se não fosse suficiente a beleza que se apresenta no topo do morro Maracajá, uma pequena caminhada mais para o sul, a partir do topo do morro, descortina-se outro espetáculo: a Cachoeira do Dez, formada no leito do Rio Divisa e protegida por um lado pela impressionante mata de araucárias e pelo outro com a suavidade dos campos de altitude. Parece mesmo que a água do rio impôs: mata para cá, campo para lá.  

 

Amanhecer na Pousada Potreirinhos

Uma das mais agradáveis sensações que conheço é amanhecer no campo, e quando estou em uma fazenda, ou pousada rural, como é o caso da Pousada Fazenda Potreirinhos onde ficamos hospedados, levantar com o sol, sentir os cheiros dos potreiros, ouvir os sons dos bichos e sentir o vento fresco no rosto é um exercício que reconforta e traz uma energia que não encontro em outro lugar. Olhar uma taipa com os musgos e líquens que ali vivem ainda carregada com o orvalho da madrugada, ver uma vaca deitada perto do galpão da ordenha, sentir o pasto molhado nos pés e seguir com o olhar para onde a vibração do novo dia aponta, é viver a verdadeira ruralidade.

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