Blog Andando por Aí

Existe um lugar....

No final de uma estrada rural, que cruza por campos e matas nativas, existe um daqueles destinos surpreendentes pela sua harmonia, beleza natural e integração da natureza com as atividades humanas que ali se desenvolvem. Sons de aves, do vento nos galhos das araucárias, da chuva com seus relâmpagos e trovões, do sol e da sombra que as grandes árvores projetam no chão gramado são os elementos naturais que recepcionam as pessoas que ali chegam. Estrutura bem montada para receber grupos de estudantes ou de famílias para usufruírem de muitas horas de convívio e descobertas na natureza prodigiosa, permite identificação de árvores, como araucária, goiaba-serrana, cambuim, branquilho, aroeira-preta, ipê-ouro, camboatá-vermelho, pinheiro-careca, guabiroba e muitas outras, ou o encantamento pelo encontro de aves, como pica-pau-do-campo, papagaio-peito-roxo, tiriba-da-testa-vermelha, quero-quero, sanhaço-cinzento, seriema, urubu-de-cabeça-preta, perdiz, carancho, sabiá-ferreiro e muitos mais que por ali fazem morada.

A gênese de um queijo

 O orgulho da familia: seus queijos premiados

Queijo é como vinho ou chocolate: eles se mostram mesmo é na boca. Um queijo pode ser feito de muitas formas e com leites de diversas espécies de ruminantes como vacas, búfalas, cabras e ovelhas. Cada um destes mamíferos empresta um gosto especial ao leite, sendo o queijo resultante fruto de uma soma de fatores, tanto ambientais como de manipulação.

A familia Lopes ao redor do fogão se preparando para a ordenha do dia

Há muitas etapas a serem cumpridas até que o queijo surja, amadureça e chegue à boca do consumidor. Aqui no Rincão Comprido, em São José dos Ausentes, a produção diária de um dos queijos mais premiados da região inicia bem cedo e ainda na cozinha da casa, onde a família Lopes se reúnem em volta do fogão a lenha para tomarem um café preto com açúcar. Ali combinam detalhes, falam das coisas da casa e ajustam os preparativos para a ordenha, numa espécie de concentração para o trabalho de duas a três horas que vem pela frente. O balde de água bem quente para higienização de mãos e tetos das vacas já está pronto e o grupo segue em silêncio para o galpão.  Berros de vacas e terneiros já são ouvidos denunciando a fome dos últimos devido ao período de 18 horas que ficaram separados das vacas.

O galpão com sua penumbra, as vacas e as preparações para a ordenha do dia

Uma a uma as vacas são trazidas para o abrigo sombrio do galpão de chão batido e vão se posicionando aleatoriamente a espera de seus terneiros, que estão em um compartimento ao lado. Este tempo no galpão parece uma boa hora para as vacas ruminarem, já que não há pasto disponível. Parecendo que mascam chicletes, elas mastigam incansavelmente os bolos de grama e saliva que regurgitaram para a boca. Em seguida engolem o mascado e regurgitam novo bolo, reiniciando o processo. O berreiro dos terneiros denuncia sua fome por leite e pelo contato com as mães. Auxiliado pelo patriarca Antônio Lopes, uma a uma as vacas são amarradas e seus terneiros trazidos para que comecem mamar, dando cabeçadas no úbere, liberando o leite, ação conhecida como apojo. Em seguida as mulheres da casa – Dona Maria Lopes e sua filha Edinaira, iniciam a ordenha num ambiente de pouca luz, com mugidos angustiados, música gaúcha e notícias locais da Nevasca FM, chiado do leite saindo dos tetos e se derramando nos jarros, vozes de comando das mulheres chamando cada terneiro e vaca pelo nome, cheiro de galpão e de leite quente que, juntos, formam uma sinfonia campeira que embala a fase da ordenha.

Edinaira oredenhando uma das vacas que ela conhece e chama pelo nome: esta é a Gralha.

A última vaca ordenhada tem o seu leite destinado ao consumo da casa e ao preparo do camargo, esta deliciosa mistura de café preto recém passado com o leite tirado ali no galpão, esguichado diretamente na caneca, criando uma cremosidade e um sabor indescritíveis.

A hora do camargo marca o final da ordenha

Finalizada a ordenha, as vacas já soltas com seus terneiros no pasto próximo, Dona Maria já está na queijaria paramentada com avental e toca iniciando o processo de ajuste do sal e da adição do coalho ao leite cru. Todo o produto da ordenha da manhã – 30 litros neste início de início de primavera, agora passa pelo processo de formação da massa que originará o queijo. Separado o soro da massa, é hora de encher as formas, apertar mais um pouco com as mãos e colocar um peso para que saia o restante do líquido e o queijo adquira sua forma definitiva.

Dona Maria prepara a alquimia que transformará leite crú em queijo

Cerca de vinte horas depois os queijos são retirados das formas e colocados para curar, o que leva no mínimo 60 dias. O soro, um líquido amarelado e rico em nutrientes, é dado para os porcos e para as mesmas vacas que o produziram, criando-se assim um ciclo.

Depois da ordenha as vacas, touros e terneiros ficam juntos

O sabor deste queijo é fruto de uma soma de fatores que envolve alimentação e manejo das vacas, as raças rústicas criadas, a sanidade do rebanho e, principalmente, a utilização de uma receita ancestral que acompanha a família Lopes por mais de 200 anos. Dona Maria e Edinaira são dedicadas e muito profissionais, levando o trabalho da confecção deste queijo como um compromisso com seus antepassados, com a família e com todos os turistas que usufruem desta iguaria que tem uma identidade, uma história e muito amor envolvido. Tudo isto para que você coloque um pedaço deste queijo na boca e sinta a delícia que foi produzida pela alquimia que transformou leite cru, sal, coalho e muita dedicação, em um manjar que pode ser consumido puro ou com qualquer outro acompanhamento, inclusive um copo de vinho ou um pedaço de chocolate. Comer um queijo destes é como descobrir o sabor oculto dos Campos de Cima da Serra.

O TEMPO

Tapera urbana que serviu de escola em Canela nas décadas de 1950/60

O TEMPO é o mais severo e implacável agente do nosso planeta. Justo, mas inflexível, ele não tem pressa em executar suas tarefas e não perdoa nada nem ninguém. Muda paisagens com calma e maestria formando uma planície aqui, abrindo um vale ali, desviando um rio acolá, erguendo uma montanha mais adiante, submergindo uma cidade ou deslocando os continentes e mudando a geografia. Como o TEMPO é invisível, amorfo e imperceptível vejo, na minha escala de vida humana, apenas as suas ações decorridas, sejam elas feitas há milhares de anos, como a modelagem do Planalto e a formação dos campos e matas de araucárias onde se assenta a cidade de Canela ou algo mais recente, como a transformação lenta e progressiva de uma casa, que já sediou uma escola, em uma triste e autêntica tapera urbana.

O TEMPO muda uma árvore, um pedaço de pedra, uma estrada, uma cidade, uma praia, uma ferida, um amor. Muda as pessoas e os pensamentos, fazendo com que o que éramos, já não somos mais. A casa abandonada da foto pouco lembra o que foi, não fosse pela localização e a lembrança de alguns que por ali moram. Suas telhas, cansadas de se encharcar e escoar as águas das muitas chuvas, vão escorregando e se espatifando no chão já povoado de ervas e gramíneas que encontram sempre novos lugares para se instalarem. Os caibros, apodrecidos, vão se vergando com o peso do barro seco das telhas e cedem, assim como as paredes. Parece que atendem ao chamado silencioso do TEMPO e são lentamente trazidos ao chão para ali se misturarem com a história contida entre as paredes podres, e fazerem com que tudo seja reciclado para servir a outros: telhas voltam ao barro, madeiras viram comida de fungos e insetos, o ferro é devorado pelo oxigênio do ar e os cacos de vidro vão ficando enterrados cada vez mais fundo. E a história que ali se fez no tempo de moradia e escola? Bem, esta vai ficar na mente dos que por ali passaram e viverá enquanto viverem eles, ou resistirá nas folhas de cadernos perdidos em cantos empoeirados de algum sótão, ou nos diários de classe e lembranças dos mestres, como a Professora Lordes dos Santos que ali ministrou aulas em 1957. Há muito se sabe que, neste planeta, nada é permanente, exceto a mudança, e ela é operada pelo mestre da paciência: o TEMPO.

Estradas

 

Estância Tio Tonho, São José dos Ausentes

Gosto de estradas, sejam elas modernas com asfalto, pinturas, sinalização e viadutos, ou aquelas mais bucólicas de chão batido, curvas fechadas, pedras e buracos. Até mesmo as trilhas de animais ou de caminhantes me encantam e sigo por elas com mais gosto ainda já que, destas últimas, pouco sei e muito menos para onde me levam.

Andar por uma estrada, como a da foto que ilustra esta crônica, é muito confortante e me traz aquela paz das primeiras horas de uma manhã ensolarada, mas de uma forma tão mais intensa que não lembro de coisas que consigam fazer isso melhor. Andar devagar, sentindo o terreno irregular e tendo que desviar aqui e ali de alguma poça, pedra ou buraco, perceber o vento, ouvir o som das matas do entorno, sentir o cheiro úmido dos pinheiros e seus liquens e musgos, colher e comer frutos nativos maduros das margens espanta qualquer pensamento negativo, torna a caminhada instigante e produz uma corrente de vibrações boas que me tocam para frente, querendo saber o que tem depois da curva.

Deserto ao norte do Chile

Estradas conhecidas levam a destinos conhecidos, mas a cada vez que passo por elas descubro novos detalhes. Um barranco que agora está coberto por samambaias, uma árvore que caiu em função do último movimento de máquinas para consertar a estrada ou pelo vento forte do último temporal, um arroio com maior quantidade de água, esterco fresco mostrando que o gado andou por ali, gritos de papagaios nos galhos altos dos pinheiros, cheiro de mel, zumbido de mamangavas numa touceira de carqueja em flor, a corrida de uma saracura cruzando a estrada a frente e uma disparada assustada de uns terneiros que pastavam tranquilamente na grama macia do campo.

Quando não sei o destino da estrada ou trilha, a emoção aumenta, e fico mais ligado em cada passo, em cada metro percorrido saboreando o que se apresenta. Um arroio novo com suas águas ligeiras cantando sobre as pedras do leito; um arbusto desconhecido em flor ou com frutos e que me desafia a sua identificação; um canto diferente de ave que me faz buscar na memória algo semelhante já ouvido; cheiros que me levam a gostos e situações já vividas, vistas e sentidas. Uma curva adiante cria a expectativa do que vem depois, alarga minhas pupilas, apura o olfato, aguça meus ouvidos em busca de coisas novas, de lugares únicos, diferentes, silenciosos ou com algazarras de água, cigarras e aves. Outra curva me faz sair do campo e mergulhar em densas matarias, com suas sombras e mistérios a descobrir, temer e apreciar. Assim vejo as estradas, como caminhos para uma descoberta, para o novo, mesmo andando por aquelas que já trilhei.

Luta pela comida

Tico-ticos

Há mais de dez mil anos a espécie humana desenvolveu progressivamente habilidades para plantar, colher, criar animais e estocar alimento para consumo futuro. Isto libertou a espécie de ser caçadora e coletora de alimentos, como até então era, devido ao fato de gerar excedentes que eram armazenados, libertando as pessoas de busca diária de proteínas.

Hoje cedo, tomando meu mate e olhando pela janela da sala, vi um pequeno bando de tico-ticos pelo gramado bicando grãos, pequenos insetos e qualquer coisa que seja possível ingerir e digerir. Fiquei pensando que as aves assim como os outros animais, continuam sendo caçadores ou coletores de alimentos, como fomos por milhares de anos. A gralha-azul pode ser uma exceção, já que armazena algum estoque de pinhões no solo para alimentação futura, mas de resto, a batalha pelo alimento é diária, hora a hora, minuto a minuto. Aqueles mais rápidos em localizar uma fonte alimentar, ou aqueles que melhor disputam e aproveitam um pouco do que é encontrado, beneficiam-se de alguma forma, crescem rápido, armazenam energia para o inverno e para a disputa de fêmeas na próxima estação de acasalamento. Os tico-ticos do meu e do seu jardim acordam com a alvorada e se põem imediatamente em ação para localização do alimento. Isso com chuva, sol, geada ou vento forte. Nesta busca de comida pelos gramados, correm sérios riscos de serem pegos por um gato doméstico, um tiro de funda ou ainda por alguma cobra que está por ali com o mesmo objetivo deles – o alimento. Esta é a palavra-chave. Alimento. Quando temos, tudo anda melhor, mais leve. Quando não temos, o caos se instala e aí voltamos a ser um bando de tico-ticos disputando o que encontramos pela frente.

Lembro-me agora de ter visto um gavião-carrapateiro sobrevoando uma araucária no pátio do vizinho e logo saírem os pequenos suiriris e as tesourinhas atrás dele, afugentando-o com rasantes e bicadas. O predador sabia que ali tinha presa fácil, ou nem tanto, e ficava rondando o local atrás de filhotes ainda nos ninhos, que ainda não sabiam se defender dos predadores aéreos. A disputa pelo alimento se dá tanto no jardim como na copa dos pinheiros, mostrando-me que a fome é universal e não escolhe lugar. Ela começa na concepção – e aí as fêmeas abastecem os embriões ou o suprimento armazenado no ovo garante as primeiras refeições. Depois o apetite interminável segue assombrando o indivíduo até seu último dia de vida. É a nossa maior e mais densa sombra, que nos acompanha cada minuto. Vencer a fome diária é a batalha mais medonha que se disputa na natureza, sem trégua e sem amenidades. Ou encontra alimento, ou morre de fome. Herbívoros tem vantagens em alguns casos, mas mesmo a grama pode faltar.

Quando entramos num mercado em busca de coisas para um almoço ou jantar, temos apenas que escolher os produtos e adaptar tudo ao que se tem na conta, na hora de passar o cartão. Só isso. Mas já fomos diferentes e é bom não esquecer que, num passado não muito distante, antes da agricultura e da pecuária, agíamos como este bando de tico-ticos que vejo agora no jardim. Evoluímos, mas o preço foi e continua sendo alto. Gosto dos tico-ticos e de sua resignação de caçadores e coletores.

Mudanças

Quaresmeira-da-serra com suas três cores de flores 

Mudar é da vida e da morte também. Mudamos na saúde do corpo, da mente ou no comportamento. Tudo no meu entorno muda constantemente, como o dia, a noite, a lua, a chuva, o vento, o humor, os cabelos e barbas dos amigos, o saldo bancário, a fome, a sede de vinho, uma bandeira e as plantas da minha horta, que mudam mais rápido que o tempo de uma fase da lua.

Admiro uma árvore nativa da nossa região serrana e que é muito comum aqui pela zona urbana de Canela: a quaresmeira-da-serra. Agora, próximo da quaresma, ela começa florescer intensamente e o interessante, nesta espécie de planta, é que a mudança mais notável é nas suas flores. Não que as flores de outras espécies não mudem, porque também o fazem, mas o que me chama a atenção é a mudança cromática, nítida e que passa despercebido pela maioria. Muitos se encantam apenas com as três cores de flores que se exibem ao mesmo tempo nesta espécie, mas o que acontece é que as flores, assim que desabrocham, são brancas e ainda não estão prontas para receberem os insetos polinizadores. À medida que amadurecem, as pétalas vão mudando de cor e se tornam gradativamente lilases. Neste ponto estão maduras e são então fertilizadas, o que é constatado pela morte das pétalas em pouco tempo. No chão, não vejo pétalas brancas, mas apenas as de cor lilás mais escura. Isto é uma mudança.

Mudar a cor para atrair insetos é como mudar de roupa para impressionar e atrair um parceiro ou parceira. Mudamos para nos tornarmos visíveis ou discretos; mudamos para expandir nossas relações ou para nos fecharmos em herméticos invólucros antissociais visando uma preservação pessoal impossível de ser compartilhada. Não importa o motivo da mudança, mas ela ocorre implacável, sempre. Mesmo depois da morte da pétala da quaresmeira-da-serra, ela vai se imiscuir no solo levada por minhocas, insetos, fungos e bactérias e muda para outro patamar, voltando a ser compostos que formarão nossos organismos. É a mudança operando, mesmo depois da vida....

O correio e os líquens

Caixa de correio antiga sendo colonizada pelos líquens

Andando por uma rua tranquila e de pouco movimento aqui de Canela, encontrei uma daquelas casas antigas, já meio tapera, situada dentro de um grande terreno cercado por um muro antigo feito de pedras de basalto grandes e pesadas, muito bem construído e com cortes precisos que dizem que os pedreiros da época eram muito bons. Correndo os olhos pelo muro percebo o tempo de abandono, coisa de muitas décadas denunciado pela abundância de líquens que recobrem a superfície exposta das pedras e a insistência de samambaias e musgos de se instalarem nas frestas, onde há algum tipo de apoio para que ali se prendam.

Musgos e samambaias aproveitando-se das frestas das pedras para se fixarem

Na entrada da propriedade, com seu portão já mostrando as reformas e remendos feitos na tentativa de conter os invasores curiosos, vejo uma caixa de correio de metal que mostra apenas sua face externa, encaixada entre pedras, que me diz de um tempo que ali naquele lugar tinha mais vida social, pessoas que vinham e iam, que recebiam revistas, cartas e jornais de uma época passada. Quantas histórias esta caixa engoliu e regurgitou do outro lado para os donos da casa, quantos assuntos pessoais, notícias e fotos vindas de perto e de longe entraram por aquela boca larga e negra que agora só recebe poeira e baforadas de ventos úmidos do clima serrano. Os liquens, sabedores do abandono, vão lentamente cobrindo o metal e se expandindo, vindos de uma ou outra parte do muro ali de perto. Sua estreita entrada para as cartas impediu que as corruíras ali entrassem para fazerem seus ninhos de primavera, mas poderia ter servido muito bem a algum enxame de abelhas ávido por um lugar seguro para iniciar nova colmeia.

Muro e calçada mostrando que o comando, agora, é da natureza.

A calçada, igualmente, exibe o abandono e a pouca circulação de pessoas e se tornou, assim como o muro, um jardim de líquens, musgos e gramíneas que ali encontraram espaço e um bom local para seu crescimento, uma vez que tem sempre umidade e poucos pés passando para esmagá-los. Muitas folhas de grandes árvores do terreno, próximas ao muro, caem e ficam depositadas na calçada que mostram um abandono triste, diferente de um tempo em que a vassoura impedia o acúmulo e os donos entravam e saiam com frequência. O conjunto cria uma pintura que, se olhada pelo ângulo de uma composição natural, fica muito interessante e até artístico. Este desenho natural se expressa sempre que um lugar é deixado em paz pelo homem, sem sua interferência, sem condução alguma. O homem constrói, usa e, por alguns motivos, abandona e aí a natureza cria o seu cenário colocando ali plantas e animais que melhor se adaptam àquele lugar, seja em um muro, ou em uma calçada ou numa tampa metálica de correio. É como se a natureza dissesse aos donos: “deixa comigo que eu resolvo, eu arrumo, eu decoro, eu cuido”.

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