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O fogo que queima mas não mata

A queimada de campo é polêmica e gera discussões antagônicas, ásperas e quase passionais, tendo de uma lado os proprietários de campos e de outro os ambientalistas e as leis que regem a matéria. Ando por aqui vendo e registrando a natureza e seus ciclos, e a queimada é um deles. Fogo rápido, fogo pequeno, fogo grande tocado a vento, fogo que lambe a borda das matas, fogo que apaga nos banhados e outros tantos que se constata. Agora, no início da primavera, vejo aqueles campos que foram queimados no final do inverno e registro o seu novo desenvolvimento e vejo muitas espécies de plantas que foram calcinadas, rebrotarem com um vigor impressionante. Bem ou mal, o fogo é uma realidade e a renovação também.

 

Xaxim-do-campo que foi totalmente queimado (suas folhas) rebrota nesta primavera. O caule é resistente ao fogo e as gemas das folhas novas ficam protegidas do calor. 

 

A gunera, ou urtigão, a planta com a maior folha que há, é típica desta região de cânions do planalto. Após uma queimada severa do inverno, verifiquei um rebrotamento intenso, já que a parte do caule fica protegina no solo e é resistente ao fogo. 

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